Hoje vivemos em um constante estado de alerta, imaginando em quanto tempo a Inteligência Artificial (IA) tomará o nosso lugar no mercado de trabalho. Se você nunca pensou sobre isso, está na hora de ficar por dentro do que está acontecendo no mundo. Grandes empresas como a GM, Toyota, Nissan, Google, Uber e Tesla estão investindo pesado em veículos autônomos, tornando-os uma realidade em muitos lugares. A Volvo fez a primeira entrega de caminhões autônomos do mundo no Brasil. Sete unidades do VM Autônomo foram entregues à Usaçucar, em Maringá. A plataforma cognitiva da IBM, chamada Watson, já está sendo utilizada em áreas como Direito e Medicina e promete ter uma precisão muito superior a dos humanos.

Muito além da automação, a tecnologia está sendo capaz de executar tarefas antes inimagináveis. Hoje podemos conversar com uma IA como a Bia, do Bradesco, e esclarecer dúvidas sem qualquer tipo de interação humana. Diante desse cenário, é comum imaginarmos que seremos facilmente substituídos, entretanto, essas predições, de que o homem está perdendo espaço para a máquina, não necessariamente serão concretizadas. É verdade que a tecnologia pode executar algumas tarefas com muito mais precisão e rapidez que nós, mas ainda restará espaço para a humanidade no mercado de trabalho, apenas trabalharemos de formas diferentes das que conhecemos hoje.

Ao contrário do que se pensa, o objetivo da inteligência artificial é nos libertar das tarefas repetitivas e nos dar mais tempo e oportunidade para nos desenvolvermos profissionalmente, com tarefas mais interessantes e que façam melhor proveito de nossa capacidade intelectual, e como isso afetará o mercado de trabalho? Empregos que não necessitam de muitas habilidades técnicas serão mais afetados, estes poderão ser automatizados com mais facilidade que outros, mas ao mesmo tempo em que a IA substitui cargos e funções, ela também cria novos tipos de trabalho. O que precisamos entender é que não se trata de uma batalha entre homem versus máquina, mas sim uma nova maneira de interação entre os dois.

Garry Kasparav, campeão mundial de Xadrez durante vários anos, pode ser conhecido como um dos principais personagens dessa ideia de batalha da humanidade versus tecnologia. Em 1997 ele perdeu pela primeira vez uma partida de Xadrez contra seu mais surpreendente adversário: Deep Blue, o supercomputador da IBM. Hoje ele acredita que não devemos lutar ou ter medo da tecnologia, mas trabalhar junto com ela para obter melhores resultados.

A inteligência artificial precisa de nossa humanidade. Ela pode ter mais objetividade, ser mais rápida e nunca precisar descansar, mas ela precisa de nós para supervisioná-la e ensiná-la. Precisa de nós para resolver os problemas que nunca foram vistos, que não são esperados.

Em 2017, a Amazon vendeu os mais inusitados tipos de capinhas de celulares, incluindo capinhas com fotos de uma senhora utilizando um inalador para Asma. Isso aconteceu porque seu bot, que buscava imagens sem direitos autorais na internet, não sabia diferenciar imagens que são aceitáveis para aquele contexto das não apropriadas. A tecnologia também comete erros e precisa de nós para evitá-los.

Então, o que fazer?

Esteja preparado para um mundo novo, com mudanças drásticas em um curto período de tempo, a melhor maneira de nos qualificarmos para isso é exercitando as habilidades que nenhuma máquina poderá desenvolver, habilidades que nos tornam humanos e prontos para nos juntar a parceria entre homens e máquinas. Veja a lista que fizemos de algumas competências para o profissional do século XXI.

 

Desinger by Pixabay