“A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência” – Albert Einstein
O ser humano, por sua natureza limitada, não possui as credenciais para sair por aí julgando o semelhante e tomando decisões referentes aos próprios vereditos. Todavia, vale lembrar, evocando a “independência” citada por Einstein, que o mundo moderno e o mercado de trabalho exigem em suas relações, seres humanos capazes de fazer julgamentos precisos de processos, situações e comportamentos, para em tempo cada vez menor, tomar decisões conscientes e acertadas.
O sucesso ou fracasso está ligado às tomadas de decisões. Em todos os momentos para as ações, sejam em questões particulares, pessoais ou profissionais, existem necessariamente as etapas que compõe o evento. Neles, em determinado momento alguém fez a análise, a seguir o julgamento sobre qual decisão tomar e, então a decisão é tomada. Assim segue a vida, tanto no particular, quanto no coletivo das organizações, em seus ambientes de trabalho e convivência. Pensar em julgamentos e tomadas de decisões em ambientes coletivos, remete a uma reflexão mais atenta sobre a questão. Além de interesses naturais da organização, como produtividade e lucratividade, a questão da ética, honestidade e sustentabilidade devem ser fatores presentes e inseparáveis para garantir a “saúde” da organização em suas decisões.
Decisão é uma atividade constante no cotidiano das pessoas. Um de suas variáveis é o nível de consciência sobre elas no momento em que acontecem. Muitas vezes são as consequências que levam à reflexão sobre a decisão tomada. Naturalmente as decisões são frutos de um julgamento, portanto o analisar e julgar uma situação sobre a qual se vai tomar qualquer decisão é um momento importante e um processo relevante. Desde a decisão de pular da cama de manhã, até o lançamento de uma missão espacial, o ato passa pelo julgamento e pela tomada de decisão. Logo, a importância que isso assume na sociedade ganha também uma ênfase significativa.
As decisões podem ser programadas ou não, podem ser individuais ou coletivas, além de outras formas de classificá-las. Podem ser carregadas de diversas circunstâncias e variáveis, fazendo com que variem em níveis de complexidade, de responsabilidade e consequências. Se por um lado a decisão de pular da cama de manhã é algo, que se executa quase automaticamente, outras decisões dependem de condições apropriadas e de diversas naturezas para serem executadas. Analisar as possibilidades e consequências que podem advir de cada decisão são detalhes preponderantes no processo. A tendência que pode ser apresentada como aliada preciosa para auxiliar em tais momentos é a conscientização sobre essa realidade holística em cada decisão. Ter consciência de que as tomadas de decisões são constantes na vida, e estar apto a fazer os julgamentos precisos em tempo e nas condições apresentadas, para que as decisões não sejam comprometedoras, parece ser competência de valor inestimável no mundo atual.
Os hábitos, modos, ferramentas e acessórios são transformados e inovados em ritmo alucinante. O progresso e a evolução favorecem as condições de vida dos seres e cria novos desafios. Compreender as ações realizadas sob vários prismas e, previamente e as decisões em relação aos impactos causáveis, antever as consequência daquilo que se faz no cotidiano, são situações que exigem senso apurado de julgamento. No plano individual, coletivo ou profissional esses são fatores que interferem na vida das pessoas, seja de modo direto ou indireto. A responsabilidade que cada ser carrega sobre si é imensa a pensar por esse prisma. A neutralidade parece ser algo inexistente, pois as consequências dos julgamentos e das tomadas de decisões são inevitáveis.
O julgamento e a tomada de decisão variam em níveis e proporções desde o mais básico exemplo ao mais complexo processo. Isso sugere que, desenvolver as habilidades que envolvem essa competência, para as diversas formas de situações, relações e consequências se tornou condição imprescindível.